Impacto nos pequenos negócios na pandemia

Impacto nos pequenos negócios na pandemia

Levantamentos indicam que 86 milhões de brasileiros fazem parte de algum dos grupos de risco da Covid-19. Por isso e pelo isolamento social, os empreendimentos acabaram sendo prejudicados durante esse período. Aqui você vai descobrir todos os impactos e tendências nos pequenos negócios na pandemia.

O Coronavírus ou Covid-19, surgiu em 2019, na China. Mas, não demorou para que se espalhasse pelo mundo inteiro, contaminando milhões e matando centenas de milhares. Assim, no dia 11 de março a Organização Mundial da Saúde (OMS) decretou situação de pandemia. A partir disso, os governos começaram a tomar medidas mais drásticas.

No Brasil o número de casos não pára de aumentar, assim como a quantidade de mortes. Ainda assim, alguns estados e municípios já deram início ao procedimento de reabertura da economia, para que os empregos sejam preservados e empreendedores não sofram tanto.

Sebrae indica que os pequenos negócios na pandemia sofrem mais

Uma pesquisa realizada pelo Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) indicou que os pequenos negócios são os mais afetados pela Covid-19. Os empreendedores declararam queda de 69% em relação a uma semana normal, conforme dados apurados entre os dias 3 e 7 de abril. Assim, 88% deles garantiram que tiveram queda no faturamento.

Analisando o que aconteceu em países que tiveram um crescimento no número de casos antes do Brasil, é possível fazer previsões. Dessa forma, entre os segmentos mais afetados existem 13 milhões de pequenos negócios, que geram empregos para 21,5 milhões de pessoas. Além disso, a situação fica pior já que o Brasil segue em uma curva ascendente, enquanto outros países já conseguem controlar a propagação.

Mas, de modo geral todo o setor econômico sofrerá com a Covid-19. Por isso, as empresas precisam pensar em formas diferentes de terem lucro, sendo que o planejamento passa a ser cada vez mais importante para os próximos meses. Desse modo, é interessante que busquem negociações com fornecedores, para que possam manter o mix de produtos igual antes.

Os empreendedores podem ainda ficarem atentos para as oportunidades que surgem durante esse momento, como a possibilidade de investirem na prestação de serviços a distância. Então, nesse período complicado a busca por crédito e melhorar a qualificação pode ser um caminho para superar o que vier pela frente.

Pequenos negócios na pandemia: Os mais atingidos

A crise mundial causada pela Covid-19 tem desacelerado a economia em todo o planeta. No Brasil, por exemplo, o dólar disparou, também devido a problemas políticos e não somente pelo Coronavírus, chegando próximo da marca de R$ 6,00, algo nunca antes visto. Aliás, nem a crise de 2008 ou os conflitos políticos enfrentados nos últimos 20 anos no Brasil trouxeram tanto prejuízo.

E nesse momento os pequenos negócios na pandemia sofrem mais. Obviamente que os grandes investidores também sofrem, mas aqueles que possuem menos capital de giro são os mais atingidos. Aliás, são os pequenos que mantém o dinheiro na cidade e que pagam funcionários, que gastam em outras empresas locais. Mas, quando a engrenagem não funciona, todo o ecossistema acaba entrando em colapso.

Tem sido comum verificar por meio das redes sociais campanhas que focam na venda de produtos por empresas de pequeno porte. Desse modo, tentam incentivar o comércio local, para que a economia volte a girar. Além disso, é um momento que pede criatividade dos empreendedores, que precisam encontrar novas formas de tocar as suas empresas.

Aqui falaremos sobre alguns dos setores mais atingidos nesse momento, com foco nos pequenos empreendimentos. Então, se você tem uma loja de pequeno porte e quer conhecer soluções para enfrentar a crise, está no lugar certo.

Pesquisa indica o futuro do comércio varejista depois da pandemia

O varejo brasileiro foi um dos segmentos mais prejudicados pela Covid-19, já que muitas lojas precisaram ser fechadas. Então, a queda no setor é de 29%, conforme dados do Sebrae, sendo que de 26 a 28 de abril, o índice chegou a 39%. Além disso, os pequenos empreendedores desse segmento sofrem mais ainda, com 69% de queda em relação a dias normais.

Com o prolongamento da quarentena, as pessoas começaram a estabilizar os seus hábitos de consumo. Ainda assim, é possível que exista queda, já que o desemprego deverá atingir mais pessoas, fazendo com que a renda média diminua. De acordo com a pesquisa, alguns produtos começaram a ter mais destaque, devido a concentração de consumo.

Com tudo isso, os empreendedores devem buscar boas práticas e adaptar os seus negócios para o sistema de entrega direta ou serviço delivery, se for possível. Dessa forma, mesmo que o empreendedor precise fechar a sua loja física, continuará mantendo contato com os clientes. Assim, é possível utilizar os canais digitais para receber pedidos.

O voucher é uma boa opção, permitindo que as pessoas façam compras antecipadas e recebam os produtos ou serviços depois. Outro caminho que pode ser seguido por empresários do varejo são os kits por assinatura. Os empreendedores devem analisar seus mix de produtos e identificarem onde podem ter mais lucros, focando nessas questões.

Pequenos negócios na pandemia: Educação

Devido a pandemia muitas universidades, escolas particulares e até mesmo públicas passaram a adotar o regime de estudo à distância (EAD). Dessa forma, professores lecionam ao vivo, no mesmo horário da aula e passam atividades avaliativas. Ainda assim, esse segmento registrou queda de 71%. Além disso, as pessoas estão buscando menos por cursos online.

Com a suspensão das aulas, as plataformas digitais passaram a ser utilizadas com maior vigor. Então, já é possível cravar que existem mais pessoas buscando aperfeiçoamento e qualificação à distância. Embora a queda seja grande, o setor parece ter atingido a estabilização e deverá ter crescimento retomado em breve.

Para encarar a crise, as escolas que não possuem uma plataforma própria para o EAD devem buscar fórmulas para isso. Aliás, essa pode acabar sendo uma boa oportunidade para o futuro. Mas, é preciso que estejam preparadas para negociações envolvendo a redução das mensalidades cobradas.

Pequenos negócios na pandemia: Beleza

O setor da beleza apresenta em média queda de 75% comparado com os períodos normais. Os últimos dados disponíveis são do começo de abril. Além disso, tem um detalhe que chama atenção para a situação calamitosa: as buscas no Google por termos relacionados a "salão de beleza" estão 47% abaixo da média registrada em 2019.

Em um momento de crise, onde as pessoas não sabem o que será de seus atuais empregos, correndo o risco de perderem seus trabalhos, a tendência é cortarem o que não é essencial. Dessa forma, a expectativa é de que as procuras no setor continuem em queda. Mas, os produtos de higiene pessoal não apresentaram queda, já que são fundamentais.

O empreendedor desse segmento e que pretende reduzir os efeitos em seu negócio pode apostar nos canais digitais. A partir disso, Tik Tok, Instagram, WhatsApp e Facebook aparecem como plataformas excelentes para potencializar as vendas. Aliás, nem que os produtos não sejam vendidos online, mas para "fazer propaganda" do seu negócio e deixar o consumidor com vontade.

Então, a recomendação é para manter o contato direto com os clientes, enviando dicas de beleza para fazerem em casa, por exemplo. Além disso, é possível promover a venda online de cosméticos, elaborando kits com produtos que atendam às suas necessidades.

Pequenos negócios na pandemia: Saúde

Nem mesmo o setor da saúde escapou da crise proporcionada pela Covid-19. Entre 26 e 28 de abril, farmácias apresentaram queda de 12% em comparação com dias normais. E quando são considerados apenas dados envolvendo os pequenos empreendimentos do setor, os dados são bem mais alarmantes: redução de 64% no faturamento durante o mesmo período.

A expectativa é de que o setor das farmácias apresente queda nos próximos dias ou meses. Entretanto, produtos que servem para auxiliar contra o contágio certamente seguirão em alta, como é o caso do álcool gel, das máscara e suplementos. Enquanto isso, os serviços médicos não urgentes deverão continuar em queda.

Para que os empreendedores não sofram ainda mais durante esse período de recessão, devem garantir o fornecimento de suprimentos médicos. Além disso, podem colaborar com a educação em saúde e gerenciamento de unidades de saúde. Os empreendedores podem usar o tempo com menor procura para realizarem um controle financeiro, analisando os custos fixos e variáveis do negócio.

Ainda em relação ao segmento de saúde, existem clínicas odontológicas que se prepararam para fazer atendimentos residenciais. Assim como os nutricionistas passaram a produzir conteúdo online, com foco no atendimento remoto. De fato, esse é o momento das plataformas digitais e elas podem ser usadas pela área da saúde.

Pequenos negócios na pandemia: Serviços automotivos

As empresas que prestam serviços automotivos e autopeças apresentaram forte queda em comparação com as semanas de serviços normais. Para se ter uma ideia, a redução na procura por esses produtos foi de 69% nos pequenos empreendimentos, conforme o Sebrae. Aliás, esse é um número bem mais elevado em comparação com outras empresas do mesmo segmento.

Infelizmente a tendência é de que o setor continue apresentando queda ao longo dos próximos meses. De fato, isso acaba acontecendo porque as pessoas estão utilizando seus carros de maneira reduzida. Em algumas cidades o rodízio está sendo utilizado, para que as frotas sejam menores. E com menos veículos rodando, menos necessidade de peças e serviços automotivos.

No entanto, aos poucos algumas cidades estão começando a abrir espaço para o retorno das atividades econômicas. Dessa forma, as oficinas e lojas de peças estão dentro desse cenário. Com isso e por mais que o retorno seja lento, o número de carros circulando irá aumentar nas ruas e alguns deles precisarão de manutenção.

Como estamos vivendo uma época de pandemia, as empresas do setor deverão mostrar aos clientes que estão preparadas para realizarem as atividades. Então, é fundamental que os empreendedores pensem na saúde de seus funcionários e clientes. Por isso, o local de recebimento das peças e dos veículos poderá ser repensado, reduzindo o fluxo de pessoas num mesmo ambiente.

Pequenos negócios na pandemia: Pet Shops

Existe uma situação conflituosa em relação ao mercado de pet shop durante a pandemia. Em primeiro lugar, as buscas no Google por "pet shops" estão 4% maiores do que o mesmo período de 2019. Por outro lado, os empreendedores do segmento registram faturamento 51% menor do que a média. Assim, é algo que podemos comparar ao setor da beleza, já que o mercado pet não é essencial.

O Sebrae analisa que o segmento parece ter encontrado uma estabilidade, com as vendas sendo mantidas na metade do que era antes. Além disso, já é possível perceber uma luz no fim do túnel, porque as coisas já estão melhores do que no início da crise. Então, o cenário futuro para os donos de pet shop é positivo.

Aqueles que desejam atuar de uma forma consciente nesse período podem utilizar os aplicativos de entrega e manutenção, para manterem contato fiel com os clientes. Por fim, as plataformas digitais são essenciais para potencializar a comercialização de seus produtos e garantir uma boa relação com quem contrata esses serviços.

Economia criativa sofre com a crise

O segmento de economia criativa é um dos que mais vem sofrendo durante a pandemia de Covid-19. A queda é de 80% em relação a uma semana normal de atendimentos. Para quem não sabe, envolve segmentos como museus, bibliotecas, artes visuais e a produção de mídias, como livros e cinema. De fato, com as salas de cinemas fechadas e aglomerações proibidas, os números são fáceis de entender.

Embora seja um dos segmentos mais afetados, provavelmente não ficará pior do que já está. Ou seja, o setor atingiu a estabilidade. Por outro lado, as lives nunca estiveram tão populares quanto agora, aliás, tem sido cada vez mais comum acompanhar shows musicais dessa forma. Certamente é um mercado que continuará forte depois que o mundo voltar ao normal.

A partir disso, as pessoas que estão envolvidas com a economia criativa podem buscar a transformação de eventos presenciais em lives. Além disso, uma alternativa é distribuir o conteúdo pelos serviços de streaming, algo que vem sendo adotado por produtoras de filmes em algumas partes do mundo.

Estamos com você nesse momento

A Place2b está com você, empreendedor. Nesse momento complicado, que é difícil buscar novas soluções para vencer a crise. Ainda assim e pode parecer clichê, é o momento que alguns acabam se destacando e aproveitando o momento para crescerem.

Vamos continuar produzindo conteúdo para você que já possui um negócio próprio ou que pretende abrir, mas que agora tem receio. O objetivo é sair da crise fortalecido para enfrentar tudo o que vier pela frente, sendo que Place2b pode ser importante nesse momento.

Com tudo isso, se você acredita que pode ser um bom momento para buscar uma nova sede para a sua empresa, entre em contato agora mesmo. Aliás, lembrando sempre que todo o procedimento pode ser feito pela internet e sem burocracia.