Pós-pandemia: como está a volta dos comércios?

Pós-pandemia: como está a volta dos comércios?

A pandemia do novo coronavírus fez com que muitos negócios tivessem que fechar as portas por meses. Alguns, infelizmente, não tiveram nem ao menos a oportunidade de reabrir. Com o avanço da vacinação no país, no entanto, os empreendimentos puderam voltar à ativa a praticamente todo o vapor em 2022. Mas, afinal de contas, como está a volta dos comércios pós-pandemia?

É inegável que o período de pandemia trouxe diversas mudanças para o mercado, independentemente do setor. Por um certo período de tempo, muitos comércios tiveram que atuar quase que exclusivamente com as vendas online. Depois, aos poucos, foram retomando as suas atividades presenciais e, hoje em dia, já estão 100%.

No entanto, não é exagero algum afirmar que o comércio de atualmente já não é exatamente o mesmo de três anos atrás. Os processos e a forma como os empreendedores se relacionam com os clientes mudou e, até mesmo, a valorização do ambiente físico também se tornou um ponto de destaque.

Neste artigo, você irá entender de uma vez por todas sobre como está a volta dos comércios pós-pandemia do novo coronavírus. Além de trazer números sobre a retomada das atividades no país, falaremos sobre as tendências que o mercado comercial passou a seguir e, também, o que é preciso se atentar para fazer sucesso nesse momento de retorno. 

Dito isso, pegue logo o seu caderno de anotações ou abra o bloco de notas do celular e venha conferir um pouco mais sobre o assunto:

Em números, como está a volta do comércio pós-pandemia?

Para tirar logo o elefante branco da sala, é preciso responder a pergunta: como está a volta do comércio pós-pandemia? Em termos numéricos, não há como mentir: não se trata mais da mesma coisa. No entanto, isso não significa que não tenha a sua grande importância, muito pelo contrário - especialmente em alguns segmentos.

Uma pesquisa recente do Instituto Braisleiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostrou dados interessantes quanto à retomada da atividade comercial, mais precisamente do varejo, pós-pandemia. De acordo com o estudo, o varejo restrito esteve, em março deste ano, 2,6% acima do patamar comparado a fevereiro de 2020 - quando a Covid-19 ainda não havia afetado o país.

O Brasil passou por três altas seguidas do varejo neste ano, em um período em que a Covid-19 segue controlada nos estados. A porcentagem, no varejo ampliado, o qual também diz respeito a lojas de material de construção, automóveis e peças, também segue positivo: 1,7% mais do que na pré-pandemia.

Somado a isso, está o fato de que a cada data comemorativa que passa, o comércio se coloca com maiores expectativas em números de venda. Isso tem sido uma realidade até mesmo para as lojas físicas que, apesar de terem sido bastante afetadas nos últimos dois anos, voltaram com força total recentemente - mas de uma maneira diferente. 

Mais valor ao espaço físico na volta dos comércios pós-pandemia

Existe uma palavra que pode definir, de forma resumida, a experiência das pessoas na volta do comércio pós-pandemia: valorização. Afinal de contas, estamos tratando de um período de mais de um ano em que a grande maioria das pessoas se manteve restrita em suas casas, sem sair com frequência para compras em shoppings e centros comerciais, por exemplo.

Nesse meio tempo, muitos aprenderam, e até mesmo se acostumaram, a fazer as compras pela internet. No entanto, para aqueles que achavam que esse seria o fim dos comércios e lojas físicas, estavam muito enganados. Isso porque a venda presencial tem algo que a diferencia muito das demais, que é justamente a experiência.

Comprar um produto em uma loja física, seja um videogame, uma TV ou uma peça de roupa, não diz respeito apenas ao item em si, mas sim à trajetória e experiência dentro da loja. Reclusos por muito tempo, muitas pessoas sentiram saudade desse ambiente físico e, portanto, passaram a valorizá-lo com maior intensidade. 

Desde que o comércio retomou as suas atividades, passou a ser encarado de uma outra forma. Não se trata somente de um ambiente para compras, mas sim um espaço onde o processo e a jornada até as compras importa e faz total diferença para o consumidor. E isso deve, inclusive, moldar o futuro das lojas.

Na volta dos comércios pós-pandemia temos ambientes mais agradáveis e confortáveis 

Em uma compra, o produto é apenas uma parte da jornada do consumidor - como citado anteriormente. Entendendo o valor que, agora, os clientes dão ao ambiente onde compram, empreendedores passaram a investir em espaços mais agradáveis e confortáveis, que realmente sejam atrativos para os consumidores.

Sendo assim, na volta dos comércios pós-pandemia temos visto muito mais empreendimentos preocupados com a parte interior de suas lojas. A decoração, iluminação e, principalmente, característica e estética do ambiente passou a pesar muito não apenas para quem está empreendendo, mas principalmente para quem está consumindo.

Pense com a gente: enquanto consumidor, você pode realmente comprar um produto pela internet e, quem sabe, até mesmo pagar mais barato por ele. Mas, muitas vezes, a experiência de poder provar aquela roupa, por exemplo, passar pelos cabides e estar imerso na estética da loja lhe dá um prazer maior nesse processo. 

Isso acontece não apenas em lojas de roupas, mas sim em praticamente todos os segmentos do comércio. Normalmente, a compra pela internet é muito fria e traz satisfação apenas na hora da chegada do produto. Já em comércios presenciais, até mesmo o atendimento faz total diferença e garante uma experiência melhor.

Lembre-se: mesmo na volta dos comércios pós-pandemia, mantenha o digital

Ainda que a volta dos comércios pós-pandemia, de maneira física e presencial, esteja sendo positiva e com crescimento gradativo, é preciso deixar claro: o digital ainda é importante. Enquanto empreendedor, manter o seu negócio nos dois meios é simplesmente indispensável nos dias de hoje.

Isso fará, inclusive, com que você possa oferecer o melhor de dois mundos para o seu cliente e, até mesmo, atingir dois públicos “totalmente diferentes”. Com o comércio físico e tradicional, é possível garantir uma experiência diferenciada, física, que atraia os clientes pelo ambiente e decoração em si.

Já no digital, você pode trabalhar as vendas daqueles produtos que saem com mais frequência, para pessoas que não necessariamente precisam, ou querem, essa experiência presencial. É possível atender os dois “públicos” e, ainda assim, sair ganhando - muito mais do que quando focado em apenas um, inclusive.