Índice IGPM: entenda o porquê do aumento do aluguel em 2021
Você já ouviu falar no índice IGPM? Ele é o responsável pelo aumento do aluguel em 2021 de milhões de brasileiros. Sendo assim, foi necessário que diversos inquilinos precisassem renegociar o valor do aluguel.
O Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M) registrou 23,14% ao final de 2020. Esses valores são os maiores desde o ano de 2002. Então, isso impacta diretamente no valor pago pelos inquilinos.
Apenas como exemplo, se um aluguel antes era cobrado por R$ 2 mil, o reajuste agora implica no pagamento de quase R$ 2,5 mil. Porém, o IGPM não é o único culpado. Isso porque o Índice Oficial de Inflação (IPCA), registrou 4,31%.
Mas a diferença entre os dois indicadores é alta. Ela ocorre por conta do IGPM sentir diretamente o impacto da alta do dólar e preço das commodities. Entre elas, estão o minério de ferro e a soja.
Outro bom comparativo é com o ano de 2020, onde a pandemia do Coronavírus acabou gerando alguns descontos em preços de aluguel. Isso ocorreu por conta do desemprego, que gerou queda na renda familiar média.
Então, o aumento em 2021 realmente assusta. Mas, existe solução. Inicialmente, o melhor seria tentar conseguir um reajuste do seu aluguel, por conta das incertezas da pandemia e da alta do IGPM.
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Mas porque usar o índice IGPM e como resolver?
Em geral, o índice IGPM é o mais utilizado para referenciar o valor dos aluguéis. Porém, ele não é obrigatório. Mas então porque ele está influenciando nos preços atuais? Bom, isso ocorre por conta de ele ser muito utilizado no contrato como referência.
Segundo especialistas, o melhor é procurar um acordo entre proprietários e inquilinos, desde que ele seja agradável para os dois lados. Dessa forma é possível alcançar o equilíbrio em relação ao contrato de aluguel.
Entretanto, é recomendável que esse acordo não seja forçado. Isso porque existem casos diferentes, além de contratos e imóveis diferentes. Então, preste atenção no histórico do aluguel ao longo dos anos.
Se ele cair, são poucas as chances de uma negociação de sucesso com o proprietário. Já onde o aluguel foi aumentado com o tempo, pode ser que agora o dono aceite negociar o valor por conta da pandemia.
É preciso conversar. Além do mais, também se deve considerar a necessidade do proprietário em relação ao valor do aluguel. Essa é a única fonte de renda dele? É por isso que você deve tentar conseguir um acordo que beneficie todas as partes.
Aumento do aluguel em 2021: Fique de olho em detalhes importantes
Tenha em mente que o proprietário prefere que o imóvel esteja sempre em uso. Não é um bom negócio ter o imóvel sempre vazio, já que o IPTU e condomínio ainda precisam ser pagos.
Ou seja, se você for um bom inquilino, as chances de conseguir um reajuste após a alta do índice IGPM são boas. Veja detalhes:
- Na hora de procurar um reajuste para o seu aluguel, é preciso ficar de olho em alguns pontos important`es. Isso porque eles podem realmente influenciar a decisão do proprietário em relação à renegociação. Sendo assim, cuide para:
- Ser um bom pagador, nunca atrasando o pagamento do aluguel;
- Indicar que pretende permanecer no imóvel por um longo período de tempo;
- Garantir a boa conservação do imóvel, tanto para a infraestrutura quanto para a mobília, se for o caso;
- Entender os deveres de ser um bom morador e um bom vizinho;
- Não desrespeitar as regras de convivência do condomínio, garantindo o conforto e bem-estar de todos.
Além do mais, o atual estado do mercado imobiliário conta com diversos imóveis vagos. Sendo assim, o proprietário deve saber que pode até ficar sem inquilinos caso não tente ao menos negociar. Atualmente, a oferta de imóveis vagos está muito alta, visto que a pandemia afetou a todos.
É claro que essa taxa de vacância vai ser diferente de bairro para bairro, de cidade para cidade. Ou seja, é hora de procurar flexibilidade, seja você inquilino ou proprietário. Sendo assim, o melhor é buscar o bom senso.
O inquilino deve pagar um valor justo em relação ao momento em que o mundo vive. Por outro lado, o proprietário deve ficar com o apartamento em uso, evitando pagar os custos de imóvel vazio. É possível buscar soluções para ambos os lados.
É preciso respeitar o índice IGPM!
Em geral, o melhor é analisar diversos indicadores do mercado, como o IPCA. Porém, o melhor é sempre focar no índice IGPM. Segundo especialistas, um momento especial, como a pandemia, não deve alterar esse fato.
Isso porque, seja qual for o indicador utilizado, os momentos de crise e alterações no mercado sempre existiram e sempre vão existir. Sendo assim, é possível contar com experiências anteriores para resolver os empecilhos.
O IGPM já ficou em baixa por diversas vezes, inclusive por períodos onde ficou negativo. Então é preciso cuidado. Além disso, as mudanças nesse indicador também vão demorar a ocorrerem na prática, por volta dos 12 meses. Até lá, a economia já estará totalmente modificada novamente.
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Aumento do aluguel em 2021 na pandemia
Mesmo assim, ainda é visível que a economia impactada pela pandemia do Coronavírus afeta massivamente as renegociações de contratos de aluguel. Em geral, ambos os lados ainda se recuperam dessas modificações no mercado.
Além disso, inquilinos e proprietários ainda buscam uma forma de melhor equilibrar os contratos de aluguel. Porém, o índice IGPM ainda aparece nesses contratos, mesmo que de forma variável entre os casos.
Segundo estudos recentes do Departamento de Economia e Estatística do Secovi-SP, o IGPM não foi o mais visto nos contratos. Isso porque, entre 2019 e 2020, o aumento foi de 1,71% na capital paulista.
Ou seja, o valor está bem abaixo do aumento do índice IGPM, como você viu anteriormente. Isso significa que ele ainda é importante, mas também pode não aparecer. Com essas variantes, é preciso entender que cada caso é um caso.
Como as imobiliárias observam o aumento do aluguel em 2021
A pesquisa também demonstrou que existem duas situações distintas para as imobiliárias. A primeira tem relação com as dificuldades causadas pela pandemia no mercado imobiliário. Já a segunda tem relação com o grande aumento na variação do IGPM.
Porém, tudo isso sem os padrões de reajuste. Em geral, os reajustes mais indicados na pesquisa têm relação com os valores sem a aplicação do IGPM. Outros pontos indicam a aplicação de correção monetária de 10%, ou ainda a metade da variação de 12 meses do índice.
Existem casos, por exemplo, onde o inquilino e o proprietário precisaram atrasar o reajuste para o ano de 2022. Isso porque a estimativa é de que o valor de mercado e o valor do contrato poderão se equiparar.
Como visto acima nesse texto, é preciso que o mercado esteja regulado nesses dois pontos para que ambos os lados possam se beneficiar. Então, nada mais justo do que analisar cada caso de um ângulo único e diferente.
Sendo assim, é fácil de entender como o índice IGPM acaba afetando a alta nos valores do aluguel nesse ano de 2021. Se for o seu caso, busque resolver o impasse de forma a beneficiar você como inquilino, mas sem prejudicar o proprietário do imóvel.